Em julho de 2024, o chefe Dadá Borari, líder do programa Guardiões da Floresta Treesistance, organizou uma importante sessão de treinamento para as comunidades Munduruku Cara Preta e Maytapu em Pinhel e Escrivão. Essas comunidades, localizadas às margens do rio Tapajós, em Aveiro, município com 17.158 km² e cerca de 15.000 habitantes, se reuniram para fortalecer a defesa contra ameaças externas às suas terras.
O treinamento, que contou com a presença de mais de 50 participantes, teve como foco a defesa territorial, a criação de mapas e o trabalho de campo com telefones celulares e câmeras GPS. Essa iniciativa, apoiada por membros da Terra Indígena Maró, é um passo fundamental para proteger a região de atividades ilegais, como mineração e desmatamento, e de grandes projetos de infraestrutura, como a rodovia BR-163.
Contexto histórico: Fordlândia e o rio Tapajós
Não muito longe dessas comunidades fica Fordlândia, um projeto fracassado de plantação de borracha financiado por Henry Ford de 1927 a 1945. Embora o projeto tenha fracassado, ele serve como um lembrete das tentativas externas de industrializar a Amazônia e das pressões duradouras sobre os recursos naturais da região.
Uma frente unida para o futuro
Com o apoio da Treesistance, as comunidades Munduruku Cara Preta e Maytapu estão aprimorando sua capacidade de proteger suas terras e sua cultura. Esse treinamento marca uma etapa significativa em seus esforços contínuos para preservar seu território para as gerações futuras, combinando ferramentas modernas com sua sabedoria ancestral.