Empowering the Arapiun People

In December 2024, our final Forest Guardian training of the year was held in the community of Tucuma, located on the banks of the Arapiun River. This training brought together the Arapiun people and was led by Chief Dadá Borari, Head of the Treesistance Forest Guardian Program, along with members of the Maró guardian group.

Their mission: to empower the local community with the tools and knowledge needed to defend their territory.

The team, accompanied by representatives from CITA (Indigenous Council of the Tapajós and Arapiuns), provided a multi-day training program focused on combating forest crimes. Participants engaged in workshops covering a range of critical topics, including:

  • Technology and Technical Training: Equipping the community with tools to monitor and report illegal activities.
  • Map Creation Workshops: Developing accurate maps to better understand and protect their territory.
  • Navigating Conflict Zones: Training on strategies to safely traverse and monitor contested areas.
  • Safe Confrontation and De-escalation Techniques: In-depth discussions on addressing conflicts in a manner that prioritizes safety and resolution.

The program’s holistic approach ensured that participants not only gained technical skills but also developed the confidence to confront challenges in their region effectively.

This initiative was made possible thanks to the generous sponsorship of Koffels Solicitors & Barristers, an Australian law firm committed to supporting sustainable and indigenous-led conservation efforts.

As we conclude another impactful year, the Treesistance Forest Guardian Program remains steadfast in its commitment to preserving the Amazon and empowering its people. Together, we continue to build a future where communities thrive and the forests they call home are protected.

Lançamento do Fundo TreeGreen

Lançamento do Fundo TreeGreen: Capacitação de comunidades indígenas da Amazônia com soluções de energia sustentável

À medida que os custos de combustível aumentam em toda a Amazônia, as comunidades indígenas enfrentam uma luta contínua para atender às necessidades básicas de energia, deixando-as presas em ciclos de pobreza e vulneráveis à exploração. A conservação da natureza em longo prazo nos territórios indígenas só é sustentável se essas comunidades tiverem acesso a soluções de energia confiáveis e econômicas. Reconhecendo isso, a Treesistance e a fornecedora de energia holandesa Greenchoice lançaram o TreeGreen Fund - uma iniciativa pioneira que visa combater a desigualdade de energia e melhorar as comunidades na Amazônia brasileira.

Com um fundo inicial de 500.000 euros, o TreeGreen Fund tem o compromisso de fornecer soluções que defendam a conservação da natureza e a defesa territorial lideradas por indígenas, ao mesmo tempo em que apoiam a saúde, a educação e o crescimento econômico sustentável. O núcleo da missão do fundo é a propriedade e a capacitação da comunidade, incorporando representantes indígenas diretamente em sua estrutura institucional e apoiando iniciativas de desenvolvimento de habilidades. Em colaboração com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), um programa de treinamento e capacitação equipará as comunidades para instalar, usar, gerenciar e manter a infraestrutura de energia crítica.

Além disso, o fundo operará por meio de um fundo de desenvolvimento rotativo gerenciado pelo Impact Bank no Brasil, permitindo que as comunidades indígenas sustentem os projetos de forma independente.

Os programas do TreeGreen Fund são abrangentes e voltados para as necessidades essenciais da comunidade. Esses programas incluem:

  • Defesa Territorial: Soluções de energia alimentarão postos avançados de guardiões da floresta, sistemas de comunicação para denunciar crimes florestais em tempo real e tecnologia essencial para monitoramento e defesa.
  • Saúde e logística: O fundo apoiará a refrigeração de medicamentos e alimentos sazonais, fornecerá barcos movidos a energia solar para transporte e possibilitará o acesso à água e sistemas de filtragem para combater condições extremas de seca.
  • Espaços educacionais e comunitários: Escolas, pontos de encontro e espaços coletivos ganharão acesso à energia renovável, reforçando a educação e as atividades comunitárias.
  • Desenvolvimento econômico e sustentável: A energia será canalizada para projetos que promovam a resiliência econômica e a sustentabilidade.

Ao fornecer energia confiável e promover a conservação orientada pela comunidade, o TreeGreen Fund marca um passo crucial em direção à equidade social e à gestão ambiental na Amazônia. A visão do fundo vai além do apoio imediato, com o objetivo de fortalecer a capacidade de autossuficiência das comunidades indígenas e, ao mesmo tempo, criar um caminho sustentável para conservar um dos ecossistemas mais vitais do planeta.

Treesistance foi selecionada para o Prêmio SDG 2024

Ficamos honrados por termos sido nomeados finalistas no Dutch SDG Awards. Esse reconhecimento é um testemunho da paixão e do compromisso por trás dos esforços da Treesistance para proteger a floresta Amazônia. Nossa missão — combinar o conhecimento indígena com a inovação científica — reflete nossa profunda crença em transformar a maneira como o mundo aborda o crime e a conservação da floresta.

O Prêmio SDG holandes reconhece as organizações que são pioneiras em criatividade e inovação para gerar impacto social, especialmente no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O SDG Netherlands reúne indivíduos, organizações e comunidades para trabalhar coletivamente em direção a um futuro mais sustentável e equitativo. A indicação significa ser reconhecido por contribuições que vão além do comum, desde a preservação ambiental até a promoção da cooperação global e de mudanças significativas.

A essência do nosso trabalho é capacitar as comunidades indígenas para proteger seus territórios, e somos gratos pelas sólidas parcerias que construímos globalmente. Esse apoio vai além das contribuições financeiras, pois inclui o compartilhamento de conhecimento e experiência e a união em prol de um objetivo comum.

Esse reconhecimento nos inspira a continuar divulgando nossa mensagem para nossa comunidade no norte global e a lembrar ao público em geral e ao mundo dos negócios..... que não é preciso estar na floresta para participar da luta.

* A imagem mostra os membros da equipe da Treesistance, Jesse van 't Hull e Niek Oldenburg, com o amigo da organização Meindert Brouwer. Leia mais aqui

Fortalecimento da defesa territorial em Pajurá

Em julho de 2024, o chefe Dadá Borari, líder do programa Guardiões da Floresta da Treesistance, conduziu uma sessão de treinamento vital com a comunidade Pajurá do povo Tupinambá. Localizada ao longo do rio Tapajós, no município de Santarém. Os Tupinambá são conhecidos por sua forte resistência e liderança na proteção de suas terras e cultura.

O treinamento reuniu mais de 20 participantes, incluindo homens e mulheres de todas as idades. Eles aprenderam habilidades essenciais em defesa territorial, criação de mapas e trabalho de campo usando telefones celulares e câmeras GPS. Essa iniciativa, apoiada por membros da Terra Indígena Maró, foi projetada para equipar a comunidade com ferramentas para proteger seu território das crescentes ameaças.

Uma história de luta e resiliência

O povo Tupinambá do Baixo Tapajós habita a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex), criada em 1998 para combater as ameaças das madeireiras. Aproximadamente 20 das 70 aldeias indígenas da área pertencem aos Tupinambá. Apesar de sua resiliência, eles enfrentaram desafios históricos para afirmar sua identidade e seus direitos à terra. As atividades missionárias e o devastador conflito da Cabanagem, que dizimou até 40% da população do Grão Pará, quase apagaram sua presença. Isso levou muitos a acreditar que os grupos indígenas da região haviam desaparecido.

A criação da Resex permitiu que os Tupinambá recuperassem sua identidade e exigissem a demarcação de suas terras ancestrais como território indígena. Esse reconhecimento transformaria a classificação atual da área e lhes concederia maior controle sobre suas terras.

Ameaças contínuas e a luta pelo reconhecimento

Entretanto, o progresso no reconhecimento oficial dos territórios indígenas dentro da Resex tem sido lento. Frustrados com os atrasos, os Tupinambá começaram a autodemarcar suas terras em 2017. Sua meta é proteger 350.000 hectares de território tradicional. Eles enfrentam inúmeros desafios, incluindo grandes projetos de infraestrutura, como a pavimentação da rodovia BR-163, a hidrovia Teles Pires-Tapajós e a ferrovia Ferrogrão. Esses projetos, concebidos para o transporte de commodities, ameaçam destruir suas terras e seu modo de vida.

A mineração ilegal representa outro sério risco. Em 2019, o desmatamento ilegal na região do Tapajós atingiu níveis recordes, com 10.500 hectares de floresta destruídos. A pandemia de Covid-19 piorou a situação, deixando as comunidades indígenas mais vulneráveis e reduzindo a supervisão do Estado.

Construindo um futuro mais forte

Esse treinamento marca um avanço significativo no fortalecimento da capacidade dos Tupinambá de defender suas terras. Com o apoio da Treesistance e com um agradecimento especial à Nordeq Management, uma empresa de consultoria dinamarquesa (que patrocinou a formação), a comunidade está criando uma rede de guardiões indígenas da floresta dedicados a proteger a floresta antiga da região.

A determinação e a coragem do povo Tupinambá são inspiradoras. Seus esforços para proteger sua cultura e seu território contra todas as adversidades servem como um poderoso lembrete da importância da união e da autodeterminação. Juntos, eles estão construindo um futuro mais brilhante para sua comunidade e para as gerações vindouras.

Capacitação dos Munduruku e Maytapu

Em julho de 2024, o chefe Dadá Borari, líder do programa Guardiões da Floresta Treesistance, organizou uma importante sessão de treinamento para as comunidades Munduruku Cara Preta e Maytapu em Pinhel e Escrivão. Essas comunidades, localizadas às margens do rio Tapajós, em Aveiro, município com 17.158 km² e cerca de 15.000 habitantes, se reuniram para fortalecer a defesa contra ameaças externas às suas terras.

O treinamento, que contou com a presença de mais de 50 participantes, teve como foco a defesa territorial, a criação de mapas e o trabalho de campo com telefones celulares e câmeras GPS. Essa iniciativa, apoiada por membros da Terra Indígena Maró, é um passo fundamental para proteger a região de atividades ilegais, como mineração e desmatamento, e de grandes projetos de infraestrutura, como a rodovia BR-163.

Contexto histórico: Fordlândia e o rio Tapajós

Não muito longe dessas comunidades fica Fordlândia, um projeto fracassado de plantação de borracha financiado por Henry Ford de 1927 a 1945. Embora o projeto tenha fracassado, ele serve como um lembrete das tentativas externas de industrializar a Amazônia e das pressões duradouras sobre os recursos naturais da região.

Uma frente unida para o futuro

Com o apoio da Treesistance, as comunidades Munduruku Cara Preta e Maytapu estão aprimorando sua capacidade de proteger suas terras e sua cultura. Esse treinamento marca uma etapa significativa em seus esforços contínuos para preservar seu território para as gerações futuras, combinando ferramentas modernas com sua sabedoria ancestral.

0

Newsletter
Sign Up

Você não precisa estar na floresta para se juntar à luta.