TERRITÓRIO MARÓ

420Km2 Floresta Tropical Primária

3 Aldeias

Território oficial

Povos: Arapiuns e Borari

Status: Território Indígena reconhecido. Guardiões da Floresta estabelecidos desde 2014.

COMUNIDADES INDÍGENAS BORARI E ARAPIUN NO TERRITÓRIO INDÍGENA MARÓ (TI MARÓ)

O grupo indígena BorarI chegou apenas recentemente a esse território remoto, no qual os Arapiun viviam há séculos. Eles estavam fugindo da pobreza de Alter do Chão, uma terra predominantemente Borari, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Santarém, a capital do Baixo Tapajós, no Estado brasileiro do Pará. Eles seguiram ao longo do rio Arapiuns até suas cabeceiras e, de lá, seguiram o curso do pequeno rio Maró, que dá nome ao território. O grupo é bem pequeno, cerca de 300 pessoas, distribuídas em 3 aldeias: Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José. Mas o território é grande: cerca de 42.000 hectares de floresta primária - ou seja, floresta amazônica intacta, nunca derrubada.
A Terra Indígena Maró, diz Dadá, além de prover o sustento, abriga lugares sagrados, fontes de água doce (conhecidas como igarapés) que desaguam no rio Maró, ervas e plantas medicinais e, acima de tudo, é o lugar onde mora o Curupira.

O conceito de Curupira pode ser traduzido como "o espírito protetor da floresta", embora seu significado para os nativos seja muito mais profundo e enigmático. Como entidade sagrada, seus poderes mágicos acabam determinando o que acontece com aqueles que entram na mata. A missão dos povos indígenas é respeitar e proteger a floresta e, ao fazê-lo, eles respeitam e protegem a si mesmos.

Para um observador inexperiente, toda a floresta amazônica pode parecer igual, mas há uma diferença fundamental entre uma floresta virgem como essa e uma floresta que foi explorada.

Na primeira fase da exploração madeireira, as árvores que contêm a madeira tropical mais valiosa - cotada nos mercados internacionais - são derrubadas; a segunda fase consiste na exploração da madeira restante. E a terceira e última fase é a eliminação total da vegetação, geralmente para fins relacionados à agricultura industrial ou à pecuária extensiva. Embora seja possível que a floresta recupere, no devido tempo, o espaço que foi destruído, a biodiversidade original é extinta para sempre e o carbono armazenado é liberado.

The Borarí Indigenous group came only recently to this remote territory, in which the Arapiun had been living for centuries. They were fleeing poverty from Alter do Chao, a predominantly Borarí land, about 30 kilometers to the west of Santarém, the capital city of the Lower Tapajós, in the Brazilian Pará. They went along the Arapiuns River right up to its headwaters and, from there, they followed the course of the small Maró River, which gives the territory its name.
The group is rather small, about 300 people spread over 3 villages: Novo Lugar, Cachoeira do Maró, and Sao José. But the territory is large: some 42.000 hectares of primary forest – that is, intact, never cut-down Amazonian forest.
A Terra Indígena Maró, diz Dadá, além de prover o sustento, abriga lugares sagrados, fontes de água doce (conhecidas como igarapés) que desaguam no rio Maró, ervas e plantas medicinais e, acima de tudo, é o lugar onde mora o Curupira.

O conceito de Curupira pode ser traduzido como "o espírito protetor da floresta", embora seu significado para os nativos seja muito mais profundo e enigmático. Como entidade sagrada, seus poderes mágicos acabam determinando o que acontece com aqueles que entram na mata. A missão dos povos indígenas é respeitar e proteger a floresta e, ao fazê-lo, eles respeitam e protegem a si mesmos.

DESAFIOS E REALIDADES

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